A idade é a
característica mais importante quando se pensa no mecanismo que rege a mortalidade. Assim, antes de comparar a experiência de mortalidade de duas populações distintas,
deve-se levar em consideração diferenças na estrutura
etária, ou seja como a população é distribuída nas diferentes idades.
Morton, em seu livro sobre Epidemiologia, descreve que, em 1981, a TBM da Flórida, Estados Unidos, foi de 10,9 óbitos por mil ao passo que,
no Alasca, foi de 4,4 óbitos por mil. A diferença de 6,0 óbitos a cada mil habitantes entre as duas taxas é
explicada pela população envelhecida da Flórida, em relação à população jovem
do Alasca. A comparação da mortalidade entre a Flórida e o Alasca é confundida
(afetada) pela estrutura etária das duas populações.
--Taxas Específicas de
Mortalidade por Idade.
Dado o profundo efeito da
idade na mortalidade, torna-se necessário construir taxas de mortalidade para
cada grupo etário e utilizar essas taxas para comparação dos riscos de morte. Mais um exemplo proposto por Morton: TBM e as taxas específicas de mortalidade por
idade da cidade de Baltimore em 1972. Observa-se um paradoxo. Os brancos em
Baltimore experimentam maior TBM do que os negros – 15,2 e 9,8 óbitos por mil,
respectivamente. Por outro lado, os negros experimentam taxas específicas por
idade maiores em todos os grupos etários. O que explica essa contradição? A
distribuição etária é a resposta. A população de Baltimore é composta por
brancos velhos e negros jovens!
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