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sábado, 21 de março de 2015

Para saber mais e entender mais sobre risco: casos fatais é taxa, razão ou risco?

Excelente artigo sobre taxa/razão/risco de casos fatais:


Artigo sobre Taxa/Risco/Razão de casos fatais
Tenha uma boa leitura!

Sete (7) questões resolvidas sobre letalidade


Questão 1
O cálculo da proporção de óbitos entre os casos de uma determinada doença representa um indicativo de gravidade da doença. Qual o nome atribuído a este coeficiente?
(A)  Mortalidade geral. 
(B)  Letalidade. 
(C)  Mortalidade neonatal. 
(D)  Mortalidade infantil. 
(E)  Mortalidade materna. 
Comentários: todos os indicadores, exceto letra (B), tem em seu denominador a população exposta ao risco e não os casos de uma doença. A letalidade contém em seu denominador casos de uma doença específica.

Questão 2 (corrigida agora após comentário em 06 abr 2015)
Em determinado município, a letalidade da Doença Meningocócica, em 2013, foi de 10%. Durante este ano, ocorreram 20 óbitos da doença. O número de casos de Doença Meningocócica no município, em 2013, foi igual a:
(A) 2. (B) 10. (C) 50. (D) 100. (E) 200. 
Resolução: Há 10 óbitos a cada 100 casos de doença meningocócica; assim, 20 óbitos correspondem a um numerador de 200 casos.


Questão 3
O coeficiente de mortalidade de uma doença específica pode informar sobre a incidência dessa doença quando:
A) a taxa de ataque da doença é fixa.
B) a prevalência dessa doença é alta e a duração da mesma é curta.
C) a taxa de letalidade da doença é alta e a duração da doença é curta. 
D) o coeficiente de mortalidade não ajustado dessa doença é alto e a duração é longa
Fonte: FUMARC / 2006 / Prefeitura de Belo Horizonte / Dentista - Área Cirurgião Dentista Epidemiologia

Questão 4
Se a letalidade da doença X é igual a 5% e durante um ano ocorreram 20 mortes por essa doença, o número de caso da doença X nessa comunidade nesse ano foi:
Resposta:
óbitos/doentes = 0,05; número de óbitos = 20; número de doentes = óbitos/letalidade = 20/0,05 = 400 casos da doença no ano.
O número de casos da doença foi 400.

Questão 5
A taxa de mortalidade, por uma dada causa, é calculada dividindo o número de indivíduos que morreram por essa causa pela população em risco, num dado período de tempo. A taxa de fatalidade ou letalidade, é calculada dividindo o número de indivíduos que morreram por uma dada patologia pelo número de doentes com essa patologia, num dado período de tempo. Por exemplo, numa população de 100.000 pessoas, verificaram-se 50 mortes por uma dada doença, durante 1 ano. A taxa de mortalidade por essa doença foi de 5 por 10.000. Por outro lado, sabe-se que número de indivíduos com a doença (durante esse ano) era 100, então a taxa de fatalidade da doença foi de 50/100, ou seja 50%. Tendo em vista isso, quais os fatores determinantes para que a taxa de mortalidade por uma dada doença seja elevada? E quais os fatores determinantes para que a taxa de mortalidade por uma doença seja baixa?
Resposta:
Deve haver a seguinte situação para taxa de mortalidade elevada pela doença: prevalência elevada da doença E fatalidade relativamente elevada. Para taxa de mortalidade baixa: doenças com baixa prevalência OU com baixa fatalidade
fonte:http://forpoint.grupokeypoint.pt/docs/newsletters/nl_19.pdf

Questão 6
Pode-se afirmar categoricamente que uma doença de alta Letalidade é aquela em que:

 a) É grande o risco de haver morte entre os indivíduos por ela acometidos
 b) A taxa de Mortalidade é grande
 c) A probabilidade de os indivíduos por ela acometidos apresentarem complicações é elevada
 d) O risco de um indivíduo adoecer é grande
 e) Há elevado risco de morte entre as pessoas por ela acometidas, desde que não se tomem medidas de tratamento adequado
Comentário: A letra e confunde, mas nunca foi visto em qualquer conceito de letalidade uma condicionante como essa: se não houver... Melhor ficar com a letra a
Fonte:Prefeitura do Município do Brejo da Madre de Deus - PE - 2013 - Enfermeiro

Questão 7
Em uma cidade com 100.000 habitantes, sendo 20.000 crianças, 400 crianças com menos de 1 ano de idade foram internadas em um hospital devido à infecção respiratória. Ocorreram 100 mortes. Qual é o coeficiente de letalidade por doença respiratória em criança com menos de um ano nesta cidade?
a) 10%
b) 25% 
c) 12,5%
d) 5%
e) 30%
Comentário: As únicas informações necessárias são 400 e 100. Para a letalidade, não interessa o número de habitantes.
Fonte:Prova de Residência Médica -2014/Hospital Beneficência Portuguesa – Santos - SP/Ingresso Direto Cirurgia Geral e Clinica Médica

quinta-feira, 19 de março de 2015

Quatro (4) Exercícios sobre Mortalidade Proporcional, Taxa Bruta de Mortalidade e a Mortalidade por causas

Os indicadores estudados, em seu conjunto, tem um sentido e fornecem um panorama sobre a população estudada.

Imagine um cenário:

População C com TBM=30 por mil; 10% de mortalidade proporcional por Doenças do Aparelho Circulatório (DAC)

População D com TBM=15 por mil; 20% de mortalidade proporcional por DAC

QUESTÃO 1_Imagine uma pergunta: Qual é a Taxa de mortalidade por DAC nas populações em questão?

Nossa forma de pensar: Hipoteticamente, podemos ter uma população C de 1000 pessoas, onde haverá 30 óbitos totais e, destes 3 óbitos por DAC (0,10 X 30=3); Taxa de mortalidade por DAC = 3 por 1000.

Agora pense na população D: 15 óbitos totais numa população (hipotética) de 1000 pessoas; 3 óbitos por DAC (0,20 X 15); Taxa de mortalidade por DAC = 3 por 1000.

Concluímos: apesar do número de óbitos por DAC ser igual nas duas populações e a Taxa de mortalidade por DAC ser igual, a mortalidade proporcional é diferente (maior em D do que em C). Não podemos utilizar a Mortalidade Proporcional para concluir que o risco de morrer é maior em D do que em C.


QUESTÃO 2_Outra pergunta que pode ser elaborada:

Pergunta: Podemos dizer, inequivocamente, que o risco de mortalidade em D é igual ao de C, tendo por base as TBM de D e de C?

Resposta: Não. Por que não? Porque as populações podem ter estruturas etárias (distribuições por idade) diferentes. Para saber sobre o risco, seria necessário padronizar diretamente, principalmente pela idade, um dos principais fatores que 'distorcem' a comparação. A única coisa que podemos dizer, com base, nas duas TBMs é que a saída da população, anual, por óbitos, é igual, ou seja, de 3 óbitos por mil pessoas-ano.


Veja essa questão, elaborada com base em uma questão de concurso:


QUESTÃO 3_A evolução da mortalidade proporcional com 50 anos ou mais de idade no Brasil, em 1980, 1990 e 2000 ocorreu da seguinte forma: passou de 48,9% em 1980 para 61,2% em 1990 e 67,1% em 2000.


A partir da análise da questão, pode-se concluir que: 

(A) o risco de morte aumentou.
(B) o risco de morte não se alterou.
(C) a sobrevida diminuiu.

(D) a sobrevida não se alterou.
(E) a idade de ocorrência da morte aumentou.



Não podemos falar em risco. A medida do risco é a taxa (A) e (B) estão em incorretas. (C) e (D) estão incorretas pois não podemos falar em sobrevida. Ainda mais que, é muito provável que a sobrevida tenha aumentado e não ficado estável ou diminuído. A idade da ocorrência da morte aumentou. A letra (E) está correta. A cada pessoa que morre, a cada ano analisado, vemos que morrem mais frequentemente com idade mais avançada.


Fonte: http://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2010-fiocruz-tecnico-em-saude-publica-vigilancia-em-saude

QUESTÃO 4_Veja essa questão:

Na construção dos indicadores proporcionais de mortalidade para uma determinada localidade e período, o denominador expressa um valor que é

(A) menor que o numerador
(B) divisível pelo numerador
(C) o total dos óbitos registrados
(D) o dobro dos óbitos registrados
(E) a metade dos óbitos registrados

Comentário: a questão é clara. As demais respostas são apenas para confundir.
Fonte: http://www1.cesgranrio.org.br/pdf/seplag0111/provas/PROVA%2056%20-%20SANITARISTA%20-%20SANITARISTA.indd.pdf