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quinta-feira, 19 de março de 2015

Quatro (4) Exercícios sobre Mortalidade Proporcional, Taxa Bruta de Mortalidade e a Mortalidade por causas

Os indicadores estudados, em seu conjunto, tem um sentido e fornecem um panorama sobre a população estudada.

Imagine um cenário:

População C com TBM=30 por mil; 10% de mortalidade proporcional por Doenças do Aparelho Circulatório (DAC)

População D com TBM=15 por mil; 20% de mortalidade proporcional por DAC

QUESTÃO 1_Imagine uma pergunta: Qual é a Taxa de mortalidade por DAC nas populações em questão?

Nossa forma de pensar: Hipoteticamente, podemos ter uma população C de 1000 pessoas, onde haverá 30 óbitos totais e, destes 3 óbitos por DAC (0,10 X 30=3); Taxa de mortalidade por DAC = 3 por 1000.

Agora pense na população D: 15 óbitos totais numa população (hipotética) de 1000 pessoas; 3 óbitos por DAC (0,20 X 15); Taxa de mortalidade por DAC = 3 por 1000.

Concluímos: apesar do número de óbitos por DAC ser igual nas duas populações e a Taxa de mortalidade por DAC ser igual, a mortalidade proporcional é diferente (maior em D do que em C). Não podemos utilizar a Mortalidade Proporcional para concluir que o risco de morrer é maior em D do que em C.


QUESTÃO 2_Outra pergunta que pode ser elaborada:

Pergunta: Podemos dizer, inequivocamente, que o risco de mortalidade em D é igual ao de C, tendo por base as TBM de D e de C?

Resposta: Não. Por que não? Porque as populações podem ter estruturas etárias (distribuições por idade) diferentes. Para saber sobre o risco, seria necessário padronizar diretamente, principalmente pela idade, um dos principais fatores que 'distorcem' a comparação. A única coisa que podemos dizer, com base, nas duas TBMs é que a saída da população, anual, por óbitos, é igual, ou seja, de 3 óbitos por mil pessoas-ano.


Veja essa questão, elaborada com base em uma questão de concurso:


QUESTÃO 3_A evolução da mortalidade proporcional com 50 anos ou mais de idade no Brasil, em 1980, 1990 e 2000 ocorreu da seguinte forma: passou de 48,9% em 1980 para 61,2% em 1990 e 67,1% em 2000.


A partir da análise da questão, pode-se concluir que: 

(A) o risco de morte aumentou.
(B) o risco de morte não se alterou.
(C) a sobrevida diminuiu.

(D) a sobrevida não se alterou.
(E) a idade de ocorrência da morte aumentou.



Não podemos falar em risco. A medida do risco é a taxa (A) e (B) estão em incorretas. (C) e (D) estão incorretas pois não podemos falar em sobrevida. Ainda mais que, é muito provável que a sobrevida tenha aumentado e não ficado estável ou diminuído. A idade da ocorrência da morte aumentou. A letra (E) está correta. A cada pessoa que morre, a cada ano analisado, vemos que morrem mais frequentemente com idade mais avançada.


Fonte: http://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2010-fiocruz-tecnico-em-saude-publica-vigilancia-em-saude

QUESTÃO 4_Veja essa questão:

Na construção dos indicadores proporcionais de mortalidade para uma determinada localidade e período, o denominador expressa um valor que é

(A) menor que o numerador
(B) divisível pelo numerador
(C) o total dos óbitos registrados
(D) o dobro dos óbitos registrados
(E) a metade dos óbitos registrados

Comentário: a questão é clara. As demais respostas são apenas para confundir.
Fonte: http://www1.cesgranrio.org.br/pdf/seplag0111/provas/PROVA%2056%20-%20SANITARISTA%20-%20SANITARISTA.indd.pdf

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