O exemplo que segue é retirado e adaptado do livro Epidemiology, de Leon Gordis, capítulo 2 e a referência se encontra ao final do texto.
Exemplo:
314 presos selecionados ao acaso mostraram o seguinte comportamento no que se refere às taxas de ataque:
Tabela 1-a
Taxas de ataque específicas por itens consumidos.
1974, Presídio em Miami
1974, Presídio em Miami
Item consumido Doentes Total taxa de ataque
Bebida 179 264 67,8%
Sanduíche com ovos 176 226 77,9% veja: 264 presos consumiram bebidas, dos quais 179 ficaram doentes; 226 consumiram sanduíche com ovos dos quais 176 ficaram doentes.
Tabela 1-b
Taxas de ataque específicas por itens NÃO consumidos.
1974, Presídio em Miami
1974, Presídio em Miami
Item não consumido Doentes Total taxa de ataque
Bebida 22 50 44,0%
Sanduíche com ovos 27 73 37,0%
veja: 50 presos não consumiram bebidas, dos quais 22 ficaram doentes; 73 não consumiram sanduíche com ovos dos quais 27 ficaram doentes.
Tabela 1-c
Diferenças de taxas de ataque específicas por itens.
1974, Presídio em Miami _______
1974, Presídio em Miami _______
Itens (taxa ataque consumiu-taxa ataque não consumiu)
Bebida (67,8-44,0) = 23,8
Sanduíche com ovos (77,9-37,0) = 40,9 Vejamos:
Tabela 2-a
Análise: consumo de bebida para quem comeu sanduíche
Sanduíche com ovos
Bebida Doente Saudável taxa de ataque
Bebida Doente Saudável taxa de ataque
Sim 152 49 (152/152+49) = 75,6%
Não 12 3 (12/12+3) = 80,0%
Tabela 2-b
Análise: consumo de bebida para quem não comeu sanduíche
Sanduíche com ovos
Bebida Doente Saudável taxa de ataque
Bebida Doente Saudável taxa de ataque
Não ter tomado a bebida faz pouca diferença (compare a última linha de cada tabela com a linha anterior e veja que as proporções são parecidas). Mas, ter comido sanduíche aumenta muito a taxa de ataque (compare as Tabelas 2-a e 2-b de uma forma geral).
O alimento claramente implicado no surto é o sanduíche.
Veja essa questão subsequente. A apresentação das tabelas é um pouco diferente, mas a ideia de tabulação cruzada para descobrir o alimento implicado no surto é a mesma.
_______________________________________________________________________________
A primeira tabela mostra o número total de pessoas que comeram cada um de dois alimentos especificados que foram possivelmente infectadas com o streptococcus grupo A. A segunda tabela mostra mostra o número de pessoas que tiveram dor de garganta, de acordo com a combinação de alimentos ingeridos.
Tabela 1
Número total de pessoas que que comeram cada
combinação específica
de alimentos
combinação específica
de alimentos
Salmão Não Salmão
Comeu salada de maionese 75 100
Não comeu Salada de maionese 200 50
Tabela 2
Número total de pessoas que que comeram cada combinação específica de alimentos
e ficou doente depois
Salmão Não Salmão
Comeu salada de maionese 60 75
Não comeu Salada de maionese 70 15
1 - Qual é a taxa de ataque em pessoas que comeram salada de maionese e salmão?
Resposta: 60/75 = 0,80 caso por pessoa que comeu ambos os alimentos
2- Quais itens (se mais de um) são os mais provavelmente envolvidos na contaminação?
Resposta: é adequado efetuar uma tabela com as taxas de ataque calculadas segundo todas as exposições possíveis
Tabela 3
Número total de pessoas que que comeram cada combinação específica de alimentos
e ficou doente depois
Combinação de alimentos ingeridos taxa de ataque
1.Sem salmão e sem salada de maionese 15/50 = 30%
2.Com salmão e sem salada de maionese 70/200 = 35%
3.Com salmão e com salada de maionese 60/75 = 80%
2.Com salmão e sem salada de maionese 70/200 = 35%
3.Com salmão e com salada de maionese 60/75 = 80%
4.Sem salmão e com salada de maionese 75/100 = 75%
As maiores taxas ocorrem na presença de salada de maionese (80% e 75%, nas combinações 3 e 4) e, quando a salada de maionese não é ingerida as taxas de ataque caem muito (35% e 30%, nas combinações 1 e 2). Já quando presença de salmão é a única exposição afetada, contudo, altera-se pouco a magnitude das taxas de ataque - compare combinações 1 com 2; e 3 com 4 e veja como a presença ou não de salmão altera pouco as taxas
Fonte: http://www.amazon.com/Epidemiology-STUDENT-CONSULT-Online-Access/dp/145573733X
As maiores taxas ocorrem na presença de salada de maionese (80% e 75%, nas combinações 3 e 4) e, quando a salada de maionese não é ingerida as taxas de ataque caem muito (35% e 30%, nas combinações 1 e 2). Já quando presença de salmão é a única exposição afetada, contudo, altera-se pouco a magnitude das taxas de ataque - compare combinações 1 com 2; e 3 com 4 e veja como a presença ou não de salmão altera pouco as taxas
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